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Mais uma vitória em busca do tri!

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Maylson garante mais uma vitória

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O Inter estará pronto dia 16?

Tudo é Gre-Nal!

16 de jul. de 2009

Olá, leitores, torcedores de diferentes times do país.

Começo expressando minha solidariedade à Lilian e aos cruzeirenses. Como boa parte do Brasil, torci para a Raposa, mas a força dos argentinos é realmente digna de admiração. Este mesmo Estudiantes - que agora valoriza definitivamente a Copa Sul-Americana conquistada pelo Colorado, em 2008 - já quase havia aprontado uma surpresa no Beira-Rio, no ano passado. Não fossem a pressão inigualável da torcida e o preparo físico superior do Internacional na prorrogação, o Clube Gaúcho dificilmente poderia estar hoje se dizendo o Campeão de Tudo. O Cruzeiro, entretanto, não tem nenhum motivo para fazer "terra arrasada". Pelo contrário. Disputará o Brasileirão com excelentes chances de arrebatar o título, ou, ao menos, assegurar vaga na principal competição do continente, em 2010. E Adílson Batista não se tornou o primeiro a conquistar a Taça Libertadores da América como jogador e treinador. Que coisa!

Como no momento em que escrevo, a sorte da liderança do Inter no Campeonato Nacional não está decidida, pois a rodada não terminou, passo aos amigos do blog um pouco da história do futebol gaúcho, aproveitando o Gre-Nal do domingo. A Revista Trivela recentemente promoveu uma votação na qual o clássico foi apontado como o mais importante do Brasil. E não é de graça! Observem os ciclos de hegemonia no Rio Grande do Sul, após o advento do profissionalismo (1938), e o conseqüente distanciamento da dupla de Porto Alegre, em relação às equipes interioranas:

- 1940/1955 O Internacional, primeiro com o "Rolo Compressor", do sempre lembrado Tesourinha, craque de Seleção Brasileira, e depois com o "Time do Teté", fatura 13 estaduais em 16 anos. O Grêmio apenas dois. Ao final da década de 40, o Colorado "vira" as estatísticas no clássico. Neste período, as maiores goleadas do período de profissionalismo: 6X0 e 7X0 para o Inter. A equipe comandada por Teté só goleou e nunca foi goleada pelo tradicional adversário. Na inauguração do Olímpico, em 1954, 6X2, com show do atacante Larry, que marca quatro gols.

-1956/1968 O Grêmio começa a montar as chamadas equipes competitivas, sem dispensar craques como o zagueiro Airton, considerado por muitos até hoje o maior talento a ter vestido a camisa tricolor. Primeiro, com a equipe montada por Osvaldo Rolla, o Foguinho, e depois com diferentes times, dos quais o mais destacado atuou entre 1964 e 1967, ganha 12 regionais em 13 anos. Várias goleadas para o tricolor acontecem nesta época. Destaque para o 4X0 do Hepta, em 1968, com show do centroavante Alcindo.

- 1969/1976 A Era Beira-Rio é toda do Internacional. Foram oito títulos regionais e dois nacionais em menos de uma década.
Na minha opinião, surge aí o Melhor Time Gaúcho do Século XX. Refiro-me ao Bi-Campeão Brasileiro em 1975/76. O fato foi corroborado pela eleição que a Federação Gaúcha de Futebol organizou para definir a seleção do Estado de todos os tempos, por volta do ano 2000. Quatro jogadores da equipe do grande técnico Rubens Minelli garantiram lugar: Manga, Figueroa, Falcão e Paulo César Carpegiani. Entre 1971 e 1975, a mais longa invencibilidade em clássicos: 10 vitórias e sete empates! Neste período, não foram registradas goleadas no grandioso embate. O que mostra que o tricolor montava conjuntos de boa qualidade, os quais eram derrotados pelo tradicional adversário pela excelência deste, fundamentalmente entre 1974 e 1976.

- 1977/1982 Considero que estes foram anos sem hegemonia definida no Estado. Muitos formadores de opinião, mais ou menos identificados com o tricolor gaúcho, situam em 77 o início de um ciclo vitorioso do Grêmio, mas considero que menosprezam acontecimentos de grande relevância, contrários a esta tese. a) O Grêmio não conseguiu ter uma seqüência significativa de títulos regionais. b) O Internacional ainda seria Tri-Campeão Brasileiro e disputaria finais da Copa Libertadores da América, em 1979/80. c) O título nacional do Tricolor em 1981 veio após uma campanha sem um aproveitamento, que, por exemplo, o apontasse como favorito na decisão. E em 1982, a equipe, que seria diferente em 1983, não conseguiu passar da primeira fase do mais importante torneio continental.

-1983/2001 Aí sim, temos um grande ciclo de predomínio gremista. Apesar de uma queda para a segunda divisão do campeonato nacional em 1991, a quantidade de conquistas tricolores tornou este o mais longo periódo de hegemonia futebolística clara no Rio Grande do Sul.
Como time, talvez o "esquadrão" montado por Luiz Felipe Scolari tenha sido superior ao campeão sul-americano e intercontinental, em 1983. Quanto mais não seja porque durou mais tempo, nas temporadas de 1995 e 1996. Considero muito boa também - e mais técnica - a equipe montada pelo atual treinador colorado que venceu a Copa do Brasil em 2001. Ao Inter um título no Torneio Heleno Nunes (dos campeões nacionais) que serviu para confirmar a equipe de 1984 como base da Seleção Brasileira em Los Angeles, nas Olimpíadas, e o único título do torneio atual do calendário brasileiro em 1992. Muito pouco.

Com o surgimento de movimentos organizados na década de 90, entretanto, o Internacional passou a viver uma fase importante de renovação política e administrativa, a qual começou a dar frutos neste começo do Século XXI. Cabe, entretanto, esperar um pouco para delimitar o significado desta fase. Ao longo da História, o Colorado conseguiu algumas vezes seqüências de cinco vitórias sobre o rival. Será que esta constitui a perspectiva mais provável? A ausência de Magrão, expulso ontem no difícil triunfo contra o Fluminense, indica que não, mas o talento de Nilmar pode consolidar a tendência no duelo deste domingo!

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