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Rankings: a disputa pós-Copa Libertadores da América e os vices

3 de jan. de 2012

Olá, leitores, torcedores de diferentes times do país.

Encaminho o encerramento da série de postagens sobre a problemática dos rankings, comentando a disputa pós-Copa Libertadores da América, da maneira mais distanciada possível. Sempre houve algo de caráter mundial? A FIFA está certa ao chamar de Taça Intercontinental o que havia antes da atual copa que ela organiza? A questão é mais complexa do que os mais variados formadores de opinião na crônica esportiva brasileira querem fazer crer.

Comecemos lá no início dos anos 60. Sim, não houve - até tempos recentes ao menos - nada igual em qualidade ao Santos de Pelé, no planeta. Ele só jogou contra o campeão europeu, numa fórmula "cá e lá", ou "lá e cá". Entretanto, naquele período, a única coisa parecida com um torneio continental fora do velho continente e da América do Sul aconteceu na zona da Concacaf em 1962, sendo vencida pelo Chivas Guadalajara. Há que observar, no entanto, que na Copa do Chile a Seleção Mexicana (que tinha exatamente uma maioria de atletas daquele clube) venceu a vice Tchecoeslováquia. Em 1966, na Inglaterra, os astecas empataram com o Uruguai, e a Coréia do Norte ganhou da Itália, bem como chegou a estar goleando Portugal, antes de sofrer uma incrível virada por 5X3. A Ásia, no entanto, já na segunda metade da década, estava mais atrasada em relação às Américas do Norte e Central, assim como na comparação com a África. Nestas áreas, já ocorriam disputas continentais entre as agremiações.

Passando para os anos 70, o México, na copa que sediou, derrotou a Bélgica e empatou com a União Soviética (erros de arbitragem nas duas partidas podem ter trocado os resultados, mas isso não altera substancialmente o raciocínio...). Porém, ao longo daquele decênio, é difícil acreditar em um número razoável de clubes com potencial significativo de competitividade fora das regiões tradicionais do futebol. O panorama se altera claramente a partir de 1979, aproximadamente, um pouco antes da Copa da Espanha. Nesta competição, a Argélia vence Alemanha e Chile, não indo adiante da primeira fase em virtude de um resultado criminosamente arranjado entre a primeira e a Áustria. Além disso, Camarões empata todos os seus embates, inclusive, contra a Campeã Itália. De quem eram os campeões do torneio de clubes da África, na época? Exatamente desses países (Canon Yanoundé, JS Kabile....), além do tradicional Asante Kotoko, de Gana, que se dava bem nos torneios de seleções africanas, e do egípcio Al-Ahly. O México vai se recuperar esportivamente, de forma parcial, por sediar outra vez uma copa, em 1986. Na base, agremiações que tinham sido campeãs da Concacaf: UNAM Pumas e América.

Não é absurdo argumentar, portanto, que se a FIFA organizasse torneios de clubes semelhantes ao atual já naquele momento, poderiam acontecer surpresas. Entretanto, precisar uma relação ideal entre a Taça Intercontinental/ Hipotética Copa Mundial seria extremamente difícil. Razão pela qual, penso que o mais justo consistiria em uma pontuação variada conforme o número de vitórias e de partidas. Se aceitamos a premissa que a Copa Mundial de Clube dobra o valor da Copa Libertadores, poderíamos atribuir 15 pontos por vitória (uma vez que apresentamos a conclusão de que o torneio continental vale 30....), totalizando três dezenas de pontos para o que São Paulo e Internacional arrebataram no Século XXI, no Japão. Se a edição experimental de 2000 merece o mesmo valor, quem sabe, 6 pontos para os dois triunfos do Corinthians na primeira fase, dois pro empate com o Real Madrid, e 12 para a decisão, sendo que como ganhou nos pênaltis, cabem 2/3 dos tentos, ou seja, oito. Portanto, 22/30, algo até um pouco superior ao aproveitamento real dos paulistas (8/12....). Para o vice Vasco, tudo igual, com três pontos pela vitória contra o campeão semiprofissional da Oceania e um somente pela derrota nos pênaltis. Ah! O Cruzeiro em 1976 pode ficar com cinco pontos, pelo empate contra o poderoso Bayern München, no Mineirão. Um terço do correspondente à vitória. O Peixe também se beneficia com suas quatro históricas vitórias diante de Benfica e Milan, em 1962 e 1963, faturando, na soma dos torneios dos campeões sul-americanos e aquelas disputas, 120 pontos.

E Flamengo, Grêmio e São Paulo, em suas conquistas, que representaram sem dúvida nenhuma o máximo futebolisticamente naqueles anos, ficam com o que efetivamente conseguiram a menos, se atribuirmos 27 pontos a cada um dos triunfos de 1981, 1983, 1992 e 1993. O tricolor gaúcho também ganha dois pontos por só ter perdido a disputa para o baita adversário que era o Ajax nos pênaltis. Na comparação com São Paulo e Internacional da primeira década deste século, alcançam 95% das pontuações dos campeões de 2005 e 2006. Justiça, também, porque o número de partidas na Taça Libertadores era menor.

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O caso dos vices nas competições principais é mais complicado, e, ao mesmo tempo, mais simples. No Mundial, não há dúvidas: se o vice passa apenas pelo outro semifinalista (caso do Santos em 2011), obtém uma vitória, e 15 pontos, 50% do que fatura o campeão. Acredito que o terceiro também mereceria pontuação, na hipótese da entidade maior do futebol ampliar o número de participantes para oito, incorporando, por exemplo, os vices da Taça Libertadores e da Liga dos Campeões da Europa. Se não for com bola andando a classificação para a final, pensemos em 10 tentos para eventual triunfo nos pênaltis. Nenhum, se o time fracassar como o Inter, em 2010.

Para a Copa Libertadores e o Brasileirão, investiguei o que resultaria se atribuíssemos um percentual próximo do que realmente cada vice conquistou, na relação com o campeão. Por exemplo, o Cruzeiro, campeão nacional em 2003, alcançou 100 pontos, e o vice Santos 87. Portanto, se o Brasileirão vale 16, a relação mais próxima de 87/100 é 14/16.

Um exercício interessante, não? Para aumentar o grau de precisão, e atenuar os prejuízos do formulismo, atribuí, quando os terceiros fizeram mais pontos do que os segundos (algo comum entre 1972 e 1986....), a mesma pontuação. Caso do Grêmio em relação ao Vasco da Gama, em 1984. Se o time fez menos de 50%, e chegou na final apenas pelo formato um tanto esdrúxulo da competição, caso do Colorado em 1987, ou do Vitória em 1993, estabeleci como valor a metade dos pontos: 8/16, beneficiando também os terceiros. Quando alguém depois dos dois melhores chegar à mesma pontuação que o segundo na era dos pontos corridos, o critério igualmente valerá.

Na Taça Libertadores, idem. Se o Chivas Guadalajara, que entrou diretamente nas oitavas de final em 2010, fosse brasileiro, ganharia 15 tentos. Logo, o São Paulo, que terminou em terceiro e logrou mais pontos do que os mexicanos naquela competição, fica também com 15. Para um maior equilíbrio, todos os vices que foram campeões anteriormente, e só entraram na segunda fase (como determinava a Conmebol, antes....), só receberam a metade, igualmente. No caso do Grêmio, em 2007, que teve um aproveitamento inferior a 50% (sempre pelos parâmetros atuais....), outra vez vale o princípio de que merece somente a metade da pontuação do vencedor da Copa Libertadores naquela temporada, o Boca Jrs.

O resultado desta simulação não ficou demasiadamente longe de outras, com diferentes critérios. Confiram na próxima postagem!

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