Grêmio

Grêmio
Mais uma vitória em busca do tri!

Internacional

Internacional
A semana, a ideia de Roth, o Inter B.

Grêmio

Grêmio
Maylson garante mais uma vitória

Internacional

Internacional
O Inter estará pronto dia 16?

Seleção Colorada do Centenário

23 de jan. de 2010

Olá, leitores, torcedores de diferentes times do país.


Aqui estou eu de volta ao blog! E feliz por contar com a competente colega (e xará) Marcela, falando também sobre as coisas do nosso Internacional. Bem, sobre os "kids" colorados do Inter B, como ela designou, deixarei para os textos da futura nutricionista - e quem sabe, jornalista - considerações mais qualificadas, visto que, confesso, tenho pouquíssimo interesse nos jogos com os times do interior gaúcho.


Acontece que fiquei devendo a todos que me dão a honra de prestigiar este espaço a Seleção Colorada do Centenário. Só para recordar, por ocasião do aniversário do tradicional adversário, lá em setembro, me atrevi a escalar o Grêmio de todos os tempos, com base no que vi e em imagens históricas às quais tive acesso. Ficou assim: Danrlei, Everaldo (improvisado), Airton, Adílson e Roger; Cléo, Sérgio "Fita Métrica" Lopes, Tadeu Ricci e Gessy; Renato e Alcindo. Treinador: Osvaldo Rolla. A equipe hepta-campeã estadual nos anos 60 forneceria maior número de atletas, mas o técnico seria o revolucionário Foguinho, que é considerado o grande cérebro da estrutura garantidora dos 12 campeonatos regionais em 13, a partir da segunda metade da década de 50.


E o Internacional? Pois no ano passado, pude observar uma verdadeira preciosidade. O jornalista e pesquisador Cláudio Diestmann doou à TVE-RS, emissora onde trabalho, imagens de jogos da Seleção Gaúcha no vitorioso Pan-Americano de 1956! A base daquela equipe foi, como se sabe, o "Esquadrão do Teté". Este grande conjunto, nomeado a partir do apelido do técnico, fechou o ciclo dos 13 campeonatos regionais em 16, no período 1940-55. No meu entendimento, mas este é outro debate, quem aborda historicamente a trajetória dos vencedores da competição no México costuma menosprezá-la quando faz comparações com o "Rolo Compressor" da década marcada pela Segunda Guerra Mundial.


As imagens às quais me referi não são propriamente compactos segundo os conceitos editoriais. Nem aparecem todos os gols da vitória contra o Chile (2X1) e do empate com a Argentina (2X2, assegurando a taça). Entretanto, viabilizam avaliar perfeitamente o estilo de grandes jogadores, como Florindo, Oreco, Bodinho e Larry. Aliás, na famosa tabela, ao contrário do que se propagou, forjando o senso comum, Bodinho era o centroavante, e o grande jogador, vindo do Fluminense do Rio de Janeiro, o ponta-de-lança. Os filmes deixam as posições claríssimas, pois o pernambucano atuava de costas para a goleira adversária, e o carioca partia do meio-de-campo articulando as jogadas! Como Teté foi o treinador, evidente que eles jogavam do mesmo jeito que no Inter.

Deste modo, meus caros, cheguei à conclusão de como deveria escalar a Seleção Colorada do Centenário. Eis minha escolha: Manga, Cláudio, Figueroa, Florindo e Oreco; Salvador (este o único de quem não vi imagem em movimento, já que recentemente foi recuperada uma cena de um tento de voleio de Tesourinha, do "Rolo".....), Falcão, Paulo César Carpegiani e Paulo Tinga; Tesoura (sim, a História diz que ele foi muito superior ao meu ídolo de infância, Valdomiro.....além do mais, ouvi de um conselheiro tricolor a declaração de que foi o maior atacante que ele viu em ação no futebol gaúcho!) e Bodinho, cuja extraordinária média de gols chegava a quase um por partida! O técnico, confirmando a prepoderância do Inesquecível Bi-Campeão Brasileiro em 1975-76, só pode ser Rubens Francisco Mineli. Sobre o quarteto que jogaria onde as coisas se decidem, escutei de um conselheiro do meu grupo colorado, o InterAção, que com ele o Internacional se sagraria Campeão da América e Mundial, com 100% de aproveitamento! Por este motivo, coloco Salvador, o qual conseguiria reconhecimento no Uruguai, na época em que os charruas jogavam muitíssimo! Vejamos as contribuições dos timaços constituídos antes e depois do Gigante da Beira-Rio.

- O "Rolo Compressor" comparece na minha Seleção com Tesourinha, eleito em 1948, por via direta, o melhor jogador do Brasil, ainda que atuasse fora do eixo Rio-São Paulo! Quem o viu nos melhores dias (1941-1947) ousa compará-lo com Garrincha. Também fez sucesso no Vasco da Gama e protagonizou o fim do vergonhoso preconceito racial no Grêmio que erguia o Olímpico.

- O Time do Teté, com primeira formação consolidada em 1952 e que durou com as principais peças até 1956, embora a série do Tetra Estadual tenha começado em 1950, fornece Florindo (autor da jogada mais bonita em grenais, quando evitou "de puxeta" um gol tricolor....cena imortalizada em fotografia) e Oreco, que sabia marcar e jogar pelo lado esquerdo defensivo, além de Salvador, já referido, e Bodinho, pelo que mencionei acima. Cabe recordar que este conjunto foi vitorioso no estado em um período onde, além do tradicional adversário, o Renner - do elegantíssimo meio-campista Ênio Andrade, em destaque nas imagens citadas - organizara ótima equipe na capital.

- O "Onze" que defendeu o Clube entre 1971 e 1972, chegando às semifinais do Brasileirão no segundo destes anos, já contava com Claudião Duarte, Figueroa e Paulo César Carpegiani. Desta fase, além de Valdomiro que se tornaria o símbolo da Era Beira-Rio, Claudiomiro constantemente é lembrado para o Inter de todos os tempos.

- O Bi-Campeão Nacional de 1975-76, cuja formação ganhou contornos definitivos no segundo semestre de 1974, dá a maioria absoluta dos personagens. A começar pelo estrategista Rubens Mineli, seguramente, um dos quatro melhores treinadores brasileiros do Século XX. Seguem-se Manga, os já citados Cláudio, Figueroa, Paulo C. Carpegiani e, obviamente, Falcão. Este foi o mais qualificado Time Gaúcho já montado, e merece figurar entre os quatro ou cinco maiores do futebol do país. Perguntem aos cronistas insuspeitos do centro do país que o viram no auge. Além dos que escolhi, merecem menções honrosas Flávio "Minuano" ou "Bicudo" e Lula.

- O Campeão Brasileiro invicto de 1979 e Vice-Campeão da Taça Libertadores da América em 1980 ainda tinha Paulo Roberto Falcão. São também "lembráveis" o zagueiro Mauro Galvão, o lateral esquerdo Cláudio Mineiro, os meio-campistas Batista e Jair, além de um certo ponta-esquerda "de recuo" chamado Mário Sérgio.

- Chegamos por último ao Vice-Campeão Nacional de 2005 e Campeão da Copa Libertadores de 2006. Dele sai Paulo C. Tinga. E Fernandão? Claro que foi o líder daquela boa equipe, mas na minha opinião o meio-campista que tentou duas vezes a sorte no Inter, antes de ser aprovado no Grêmio, possuiu importância superior nas melhores atuações do conjunto. Lembremos momentos significativos da primeira daquelas temporadas (independentemente do imbroglio do Brasileirão, que beneficiou o Corinthians.....): 4X2 no Vasco em pleno estádio São Januário, 4X1 no Cruzeiro no Beira-Rio, 4X0 no Santos em partida com portões fechados no ABC paulista, entre outros resultados. Da formação que arrebatou o Torneio Mundial, ninguém. Entretanto, obviamente, Fabiano Eller e Iarley - somente pelo que jogou contra o Barcelona - têm direito a "candidaturas", afora o atacante hoje de volta ao Goiás.

Ufa! Estava com saudades de escrever para vocês, como puderam verificar! Nas próximas mensagens, uma investigação acerca dos times mais marcantes do Século XX, no Brasil, algumas projeções da Copa Libertadores 2010 e outras questões. Aguardem.

1 comentários:

Blu disse...

Excelente post, Marcelo!

É legal quando a gente descobre as diversas e peculiares histórias de cada jogador desse.

Muito bom post mesmo e excelente sua Seleção Colorada.

23 de janeiro de 2010 às 19:25

Postar um comentário

 

2009 ·Gol de Letras by TNB