Olá, leitores, torcedores de diferentes times do país.
A derrota do Internacional no clássico deste domingo foi absolutamente justa. O Grêmio entrou muito mais disposto, e com uma organização tática adequada para obter amplo domínio das ações. Celso Juarez Roth mostrou mais uma vez que sabe trabalhar, tendo o tempo necessário para as orientações ao conjunto do qual dispõe. Montou o tricolor em um 4-2-3-1, com o argentino Escudero (ainda invicto diante do Colorado....)sendo a peça chave. Ele foi capaz de ser tanto o segundo atacante, ao lado de um ainda não plenamente recuperado André Lima, como o quinto meio-campista. Acrescentou à equipe a imposição individual, o drible e qualidade nos passes, propiciando jogadas pelos lados, secundado por Douglas. Os azuis podem ter encontrado os onze melhores para crescer consideravelmente no Campeonato Nacional.
A arbitragem muito discutida errou no primeiro tempo, mas originalmente a favor do Grêmio, no lance envolvendo Índio e o bom zagueiro Saimon, que anulou Leandro Damião. Muriel sofreu falta, com a carga de dois oponentes, um dos quais pelo menos impedido. Na segunda etapa, o juiz não assinalou penalidade máxima clara do goleiro em Mário Fernandes, grande destaque da partida, pela lateral, só que com liberdade de movimentação. E ainda cometeu a injustiça de dar o cartão amarelo por suposta simulação do defensor. Talvez, Índio tenha ficado condoído com a dupla falha, porque tocou em Escudero sem necessidade, na jogada decisiva do embate: Muriel provavelmente chegaria antes na disputa com o argentino.
O Inter, logicamente, sentiu a ressaca pós-Recopa. Entretanto, segue com problemas cruciais na defesa e no meio-de-campo, na ausência de Guiñazu, mais sentida do que a de D´Alessandro. Na zona de criação, Ilsinho provavelmente mereça uma oportunidade, e Paulo Tinga, que lastimavelmente não conseguiu vencer clássicos com a camisa vermelha, não mostra mais condições de sustentar a titularidade. Com a provável negociação dos direitos federativos de Juan para um clube europeu, aumentará a carência na zaga. Ela segue lenta e envelhecida. Dorival Jr. tem muito que pensar para o começo do Returno do Brasileirão, quando o adversário será exatamente um time montado por ele. O Internacional necessita vencer o Santos no Beira-Rio, se quiser aspirar a voos mais altos. Aliás, uma lembrança: em 2009, o Flamengo terminou a primeira metade do campeonato 10 pontos atrás do Colorado. A mesma diferença que separa o Campeão de Tudo do líder Corinthians. Por falar nisso, como o marketing aproveitará o fato do Internacional ser o primeiro clube brasileiro a liderar um ranking sul-americano, com as modificações promovidas recentemente pela Conmebol?
Mudando o assunto, nesta segunda-feira à noite uma reunião do Conselho do Clube coloca em pauta o contrato de parceria com uma construtora para tocar as obras no Gigante. Importantes lideranças coloradas contestam fortemente os termos do acordo. Ao longo da semana, haverá desdobramentos no que se refere às reformas para a Copa 2014. O grupo dirigente conduziu mal o assunto desde o início. Agora, resta pouco a fazer para que o acerto com a empreiteira não seja draconiano. Em todo caso, ainda constitui uma alternativa menos pior do que a aventura de transformar o Estádio com recursos próprios.
E na rodada de clássicos, a qual comprovou que 2X1 é definitivamente o escore mais comum do futebol de hoje, só consegui acertar três dos 9 resultados que arrisquei projetar. Pelo menos, descartei corretamente o empate no Gre-Nal. A lamentar, além das brigas de torcidas, talvez com desfechos trágicos, o ocorrido com o treinador Ricardo Gomes. Que o técnico do Vasco da Gama tenha rápida recuperação, com o mínimo possível de seqüelas!
A derrota justa e as obras para a Copa 2014
In Grêmio, In Internacional, In Santos29 de ago. de 2011
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