Uma vitória do Internacional fora de campo

Olá, leitores, torcedores de diferentes times do país.

Muito mais importante do que o empate contra o bem armado Novo Hamburgo no sábado, pelo Gauchão no Beira-Rio, foi a vitória do Internacional fora de campo nesta segunda-feira à noite. O Conselho aprovou por unanimidade um caminho que cria alguma chance de uma terceira via para as obras no Gigante. Uma perspectiva que, ao contrário do que gente mal informada na imprensa gaúcha está dizendo, não passou por nenhuma negociação envolvendo a mesa no Colegiado! O Convergência Colorada, grupo do qual participo, jamais subordinaria uma coisa à outra, tal a consciência do que representa a transformação do maior estádio do Rio Grande para o futuro do Clube.

Tanto é assim que os companheiros que ocuparão a mesa e o Conselho Fiscal - Luiz Carlos Bortolini, de longa militância no InterAção, será o presidente, ele que além de grande colorado tem uma lucidez impressionante sobre o futebol dentro das quatro linhas - estarão acompanhados por representantes de mais 8 entre 11 movimentos que atuam na Instituição. Um quase consenso, pelo trabalho sério que desenvolvemos.

Explicando a decisão: a diretoria fica autorizada não a fechar a parceria nos moldes propostos pela empreiteira de proposta já conhecida (que priva o Colorado das novas fontes de receita por 20 anos....), mas a reabrir concorrência, contando com uma assessoria especializada no ramo dos estádios. Além disso, 13 colorados de enorme prestígio social e conhecimento na área de construção vão integrar uma comissão de obras com rara amplitude, havendo também representação das correntes organizadas presentes na vida política do Inter. Uma idéia que formulamos, acatada pelo Executivo do Clube, ao qual cabe o mérito de compreender que o auto-financiamento era absolutamente inviável.

A empresa que apresentou o projeto é poderosa. Provavelmente, não encontre concorrentes. Entretanto, as medidas tomadas podem apontar para outra concepção de negócio, bem menos draconiana da parte dela. O que, dadas as circunstâncias nas quais as pressões da Fifa para assegurar a viabilização de jogos da Copa 2014 em Porto Alegre não cessarão completamente, já significará um alívio para o Internacional.