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Copa Ouro 1995 - Cruzeiro x São Paulo

16 de fev. de 2010

Ano passado tivemos uma série de jogos com expulsões, (se alguém quiser relembrar minha postagem sobre o assunto) aliás tempo aquele que eu desacreditava no, hoje, essencial Diego Renan. Parece que a “era das expulsões” está de volta. Seja por um excesso de auto-cobrança dos jogadores que esteja pesando no psicológico ou erros arbitrários, o fato é que isto tem que acabar. E é baseado neste assunto que resolvi relembrar uma partida histórica:

Entre 1993 e 1996 (exceto 1994) a Conmebol organizou um torneio entre os campeões da Copa Conmenbol, Copa Master da Supercopa, Supercopa Sulamericana e Copa Libertadores.

Em 1995, a final ficou entre Cruzeiro e São Paulo. A primeira partida foi encerrada pela falta de jogadores celestes em campo, tendo 4 sido expulsos no primeiro tempo e no segundo tempo após o técnico do Cruzeiro já ter realizado as 3 substituições um jogador contundiu-se restando apenas 6 em campo. Como a regra (da FIFA)  prevê um número mínimo de 7 atletas em campo por time o jogo foi encerrado, ficando 1 x 0 para o São Paulo.
Na segunda partida, no Morumbi o Cruzeiro é que saiu vitorioso por 1 x 0 também, levando à decisão aos pênaltis e vencendo por 4 x 1, a partida também foi válida pelas quartas-de-finais da Supercopa Sul-Americana. Competição que o Cruzeiro parou nas semi-finais perdendo por 0 x 1 (Mineirão) e 3 x 1 (Maracanã) para o Flamengo.

O jogo das expulsões

O árbitro responsável pela única¹ vitória tricolor em confrontos internacionais entre São Paulo e Cruzeiro é Wilson de Souza Mendonça.







Foi um daqueles jogos que todo mundo bate a vontade e o juiz não apita. Então aos 39’ do primeiro tempo Wilson de Souza deixou passar uma falta rígida – merecida de expulsão – do lateral Rogério Pinheiro², do São Paulo sobre o zagueiro Rogério, do Cruzeiro. O dono do apito expulsou o zagueiro que sofrera a falta e o outro zagueiro, Vanderci, por reclamação.
Para recompor a defesa o técnico Ênio tirou os atacantes MacLaren e Dinei, além do volante Alberto, e colocou Luis Fernando Gomes, Luis Fernando e Serginho.
Passados 4’ do retorno do jogo, após a confusão, o árbitro expulsou mais dois: Serginho e Marcelo Ramos, por reclamação. O presidente Zezé Perrela e vários jogadores invadiram o campo paralisando a partida por 12 minutos. Mesmo com 7 jogadores em campo o time segurou o placar pelos minutos que restavam até o intervalo.



Mesmo sob tais condições o Cruzeiro conseguia chegar em jogadas perigosas ao gol adversário, em uma delas o atacante Luiz Fernando Gomes caiu e machucou, saiu de campo e não pôde voltar para o jogo. Como pelas regras da FIFA o mínimo são 7 jogadores para cada lado a partida foi finalizada aos 2’ do segundo tempo. O Cruzeiro foi o campeão, avançando para as semi-finais da Supercopa³, depois de também vencer por 1x0 no Morumbi e ganhar nos pênaltis por 4x1, com o brilhantismo do nosso goleiro Dida, talvez o melhor da história do Cruzeiro até hoje.





¹ Pela Recopa de 1993 houveram 2 empates em 0x0 e o São Paulo venceu a equipe mineira nos pênaltis, o que pode ser considerado a “outra única” vitória do time em competições internacionais contra o Cruzeiro.
² Rogério Pinheiro já havia sido expulso duas vezes pelo Campeonato Brasileiro e o técnico Telê Santana estava à um passo de tirá-lo da equipe titular, tanto que no jogo de returno ele tinha sido multado pelo terceiro cartão vemelho.
³ Além de valer pela final da Copa Ouro 1995, as partidas também valiam pelas quartas-de-finais da Supercopa.

Fontes: blog Almanaque do Cruzeiro, site da IFFHS, site RSSSF e site da Conmebol.
As imagens também foram retiradas do blog Almanaque do Cruzeiro. 

1 comentários:

JDuarte disse...

Lilian,
Parabéns por resgatar a história do Cruzeiro. Tem gente que desdenha dos títulos da Copa Ouro e da Copa Masters, mas, tem o traço de jornada heróica como nesta página que você contou. E dizer o que do golaço de Dinei no Morumbi e da nossa vitória nos pênaltis com Dida pegando tudo.
Só os levianos tentam diminuir as nossas conquistas.
Vale a pena contar a nossa história, não desista de seu projeto com o Benny. Tendo mais material de consulta os mais jovens entenderão melhor o que fomos e terão muito mais condição de ajudar ao clube no futuro.
Gostei demais.

16 de fevereiro de 2010 às 17:25

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