Olá, leitores, torcedores de diferentes times do país.
Pois quem acompanha o blog sabe que minha visão - felizmente pra mim próprio - se revelou equivocada sobre o grupo do Internacional. O elenco mostrou que possuía perfil, sim, para conquistar a Taça Libertadores da América! E a última vitória, que assegurou o irrepreensível aproveitamento de 100% no Beira-Rio, na competição, foi inusitada. Precisou ser de virada, e com os mexicanos lutando até o último minuto.
O time asteca, aliás, revelou uma surpreendente face carniceira, graças a uma arbitragem complacente de Oscar Ruiz, que só expulsou um atleta do Chivas Guadalajara quando as coisas já estavam decididas, em termos de título. Para além das provocações (que começaram com o meia-atacante Bautista recusando a posição de respeito ao Hino Nacional Brasileiro, quando este era executado antes da partida), no primeiro tempo, o conjunto mexicano conseguiu sucesso na marcação por pressão, até colocando um homem para "grudar" em D´Alessandro, que ainda assim jogou muito, se destacando em primeiro plano com Paulo C. Tinga e Guiñazu, secundados por Kléber.
Na segunda etapa, Celso Juarez Roth adiantou o argentino para que trabalhasse mais próximo de Rafael Sóbis, o predestinado em decisões, e mudou Taison do lado esquerdo para o direito. Funcionou. Os volantes saíram mais de trás, o Inter se impôs no preparo físico também e virou inapelavelmente, ameaçando mais a meta adversária. Para a equipe da América do Norte, ficou a certeza de que atingiu um padrão competitivo que nada deve a nenhuma agremiação de qualquer outro país da América do Sul, exceções óbvias de Brasil e Argentina.
E que bonitos o primeiro gol mexicano e a obra-prima de Guiliano, fechando a contagem para o Internacional! Um 3X2, com o relaxamento ao final, que retratou bem o andamento do embate. O Colorado agora pode afirmar que viveu um ciclo vitorioso como poucos, em termos de títulos além-fronteira. Não se encontra paralelo na História do Futebol Gaúcho. No Brasil, só duas épocas de glórias foram mais importantes, neste aspecto: a dos dois "esquadrões" do Santos, comandados por Pelé, o mesmo que entregou a Taça ao Capitão Bolívar (outro destaque), na década de 60, e a do São Paulo, nos anos 90. E observem que nem estou contando com o Torneio Mundial de Abu Dhabi. Em caso de obtenção do primeiro lugar contra o fortíssimo Internazionale, da Itália, me atreverei a escrever falando em equiparação dos períodos.
Celso Juarez Roth é um personagem-chave na História do Bi da Taça Libertadores. Teve um comportamento aceitável após a concretização de sua "subida de patamar profissional", pelo modo como lembrou do antecessor Jorge Fossati na entrevista coletiva. Em outra ocasião, discutirei detalhadamente uma comparação desta equipe com aquela, montada por Muricy Ramalho e consolidada por Abel Braga, em 2005-06. Mesmo que estejamos muito próximos historicamente de todos estes fatos maravilhosos para os colorados. Contribuí, como alguém que fundou um grupo inquieto para mudar o Clube, na década passada, e participando de uma gestão que "arrumou a casa" na virada do Século, com 0,00000000000000001% para eles. Os maiores méritos, sempre enfatizo, cabem ao atual grupo dirigente, sem contestação.
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2 comentários:
o inter mereceu mesmo.
19 de agosto de 2010 às 20:05parabéns aos colorados pela brilhante conquista!
Ótimo Texto,
19 de agosto de 2010 às 20:19Parabéns ao Internacional e aos torcedores Colorados! Mereceram o título...
Um fato curioso deste jogo foi, a taça quebrada, isso mesmo, a confederação sula americana de futebol de última hora teve que remendar uma taça! Uma vergonha pro esporte sulamericano...
Mas, o brilho da conquista colorada e a presença do Rei Pelé, fizeram a festa ser digna de Libertadores!
Um forte abraço,
Nacif.
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