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Clássico é ganhar esta partida

20 de fev. de 2010



A última lembrança de clássico que eu tenho é a do 5x0 do ano passado, não que eu tenha apagado os outros jogos da memória, mas realmente não lembro muito de assisti-los. Naquele fatídico dia eu passei o primeiro tempo do jogo dormindo dentro de um carro e dopada de dramin. Quando acordei fiquei tentando sintonizar o jogo no fraco sinal da estrada, as três vezes que sintonizei a bola estava no ataque atleticano - deve ser as únicas três que eles pegaram a bola - e então pensei que o jogo seria disputado. Quando cheguei em casa e liguei a TV, foi mais uma goleada.
Eu estava muito confiante pro jogo de hoje, o Atlético não vinha jogando bem e o Cruzeiro já havia provado a força de seu elenco 2010, pelo menos para o Mineiro. Mas o que vi por parte do segundo tempo não foi o que eu esperava.

O jogo começou bem apertado, com chances de gols para os dois lados, até que Gil abriu o placar. Eu que só pude ouvir o jogo pela rádio, e uma rádio não muito confiável, não tinha certeza de quase nada que estava acontecendo. Pouco mais tarde o empate Atleticano. E ficou assim até o fim do primeiro tempo. Com uma boa marcação dos rivais o ataque celeste não conseguia chegar ao gol, mas a bola também não dava muito trabalho à nossa defesa.
O clássico mesmo começou no fim do jogo, após as substituições dos dois técnicos. Era o primeiro jogo de Luxemburgo num clássico mineiro, estando do lado de lá. Havia uma certa rivalidade à mais. Como a baixa do Cruzeiro era o lado esquerdo, com uma péssima atuação de Diego Renan, AB tirou o garoto e pôs Pedro Ken (outro garoto). Enquanto Luxemburgo colocava o time pra frente com a entrada de Obina. Mas depois das duas substituições o Cruzeiro já começou a chegar bem mais ao ataque.
A torcida pediu por Roger, e ele entrou. Do outro lado o Olê Marquês entrava pra aumentar ainda mais o ataque alvinegro, mas não resolveu muita coisa. Roger mudou totalmente o jogo, dando assistência para o segundo gol e marcando o terceiro. Jogou muito, apareceu em vários lances em pouco tempo. Mas não vou coroá-lo como preferido à titular na Libertadores, quero ver um pouco mais pra opinar.

Arbitragem

Pra mim tá tudo compensado. Um gol legítimo foi anulado para o outro lado, e para o nosso um pênalti não foi marcado e no mesmo lance do pênalti era para haver a expulsão. Se o jogo seria ou não diferente com um ou outro lance marcado não vou discutir. Tá compensado!

Extra-campo

Eu avisei que outra vitória nossa poderia estourar uma crise por lá, Luxemburgo também sabia. Ficou bem nervoso, queria colocar 11 atacantes em campo. Quando a maior de minas começou a cantar "Ah! É Luxemburgo!" ele ficou muito nervoso, fez banana para a torcida e perdeu todo o controle dentro de seu alinhado terno.
Depois do jogo Adilson Batista lembrou erros de arbitragem que nos desfavoreceram ano passado, e nem por isto perdemos. Enquanto Luxa se resumiu à falar mal da nossa torcida, do árbitro e do Cruzeiro.
Ah teve também a repercussão da Operação Flanelinha, saiu na globo.com como "Classico das Flanelinhas", saiu no Superesportes (o dono é galináceo) e em tantos outros que ainda não li.

Enfim, mostramos nossa superioridade mais uma vez. E o resultado foi como sempre, o dobro e mais um. Só me preocupa a má atuação de Diego Renan, que já vem de outros jogos, vamos ver o que o AB tem pra quarta-feira.

E a foto lá em cima do Roger com a "cabeça do Raposão" é o que mais vou guardar deste clássico.

Leiam também a versão atleticana da história.

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