A semana perigosa

Olá, leitores, torcedores de diferentes times do país.

A semana começa muito perigosa para o Internacional. A instabilidade, relativa ao treinador Adenor Tite, se acentua, após a derrota de ontem para o Atlético-PR. O Furacão apresentou uma defesa surpreendentemente bem postada e efetividade no setor ofensivo. O Colorado pagou, em parte, o preço de uma semana em que passou mais tempo dentro de aviões do que jogando. A perda do primeiro lugar no Brasileirão se tornou inevitável, na rodada deste fim de semana.

Por outro lado, é inegável a crise técnica de alguns jogadores da equipe. Após o confronto contra um desesperado Fluminense, com um interino à frente, há um Gre-Nal à vista. O tricolor gaúcho mostrou estar em ascensão, ontem, contra o Corínthians. O clássico se desenha como de alto risco, mas pode servir para "arrumar a casa", na expressão do parlamentar e ex-dirigente do Clube do Povo, Ibsen Pinheiro.

Já escrevi aqui sobre como o Gauchão se tornou um campeonato que ilude muito. O grupo do Inter tem deficiências que vão ficando cada vez mais claras, notadamente, nas laterais. Não penso, pois, que o grande problema esteja no comando técnico. A direção precisa trazer reforços, ou, verificar se não há alguém nas categorias de base, por exemplo, para ocupar os lados do campo com maior qualidade.

E Adenor Bachi, se quiser salvar seu emprego, deve modificar a equipe, avaliando com a máxima objetividade possível os atletas que não andam rendendo o esperado. Afora estas providências, não vejo solução mágica. Sou um dos colorados sem entusiasmo com relação a Muricy Ramalho. Vanderley Luxemburgo é um profissional caríssimo para sua fase atual. E Carlos Alberto Parreira não possui um estilo que agrade à direção, além de há um bom tempo dar sinais de não possuir a motivação necessária para uma atividade extremamente desgastante.