Com um jogador a menos desde o início do jogo e dois a menos desde os 28 minutos do primeiro tempo, até que a derrota por 2x1 para a segunda força do futebol baiano não foi lá um desastre tão grande para o Vitória quanto havia sido o fiasco do meio da semana pela Copa do Brasil.
Sim, o Vitória jogou desde o início da partida com um jogador a menos, já que Ricardo Silva insistiu na escalação do inoperante meia (meia?) Bida, que há muito vem demonstrando que não merece sequer um lugar no banco de reservas.
Para piorar, o plantel rubro-negro sofreu nova baixa logo após a reação esboçada com o gol de Schwenck, quando o Sr. Arilson Bispo da Anunciação resolveu expulsar Uelliton numa jogada em que o volante nem encostou em Ananias.
Seria o momento de sacar Bida do time e consertar o erro do início, mas Ricardo Silva optou por tirar Adaílton e colocar Rafael Cruz, isolando Schwenck no ataque e mantendo os espaços que o adversário precisava para desempatar.
Muitos estão se queixando dos erros de arbitragem, pois o resultado certamente seria outro caso o golpe de jiu-jitsu aplicado por Nem em Schwenck tivesse sido interpretado como pênalti pelo Sr. Arilson Bispo, que preferiu deixar o jogo seguir quando o placar ainda marcava 1x1.
Aliás, as palavras de Vanderson, no final da partida, refletem o que foi o jogo: "não temos culpa do bahia estar há 9 anos sem título, mas eles não precisam do juiz para vencer. O juiz disse que foi pênalti e não marcou porque não quis".
Acho, porém, que a derrota para o atual vice-campeão baiano não deve ser creditada à desastrosa arbitragem. Deve, sim, ser imputada à insistência do técnico do Vitória em escalar um meio de campo que não cria nada. O setor se mantém na dependência da criatividade de Ramon, que merece todo o respeito da torcida, mas que já sofre há algum tempo com as limitações que a idade lhe impõe.
Já passa da hora de tomar uma providência drástica. Ou Ricardo Silva abandona a teimosia de uma vez por todas, e põe em campo jogadores da base que têm talento, velocidade e vontade de jogar (atributos que Bida não tem), ou a diretoria tem que considerar a possibilidade de trocar de treinador enquanto ainda há tempo.
Há de se reconhecer, por fim, a dedicação dos jogadores nos momentos finais da partida, já que mesmo com a inferioridade numérica e a arbitragem tendenciosa, não jogaram a toalha e buscaram alterar o resultado até o fim. Espero que a mesma pegada seja mantida daqui pra frente e que o Vitória saiba fazer prevalecer o fator campo, já que na próxima semana voltará a mandar seus jogos no reformado Barradão.
Agora é hora de focar a partida de volta da Copa do Brasil e usar os jogos do baiano como laboratório, já que a classificação já está garantida e, aparentemente, nem mesmo o vice-campeão do ano passado, ajudado ou não pela arbitragem, é capaz de tirar o tetra do Vitória este ano.
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